quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Regrets?

Fiquei com os pés no chão, desci das nuvens e fiquei com os pés no chão. Partilhei todas as palavras e foste construindo chão. Fiquei com os pés no chão. Entreguei-te os pensamentos quase sem notar e acrescentaste mosaicos. Fiquei com os pés no chão. Pediste-me o corpo, não o quis entregar, suplicaste, juraste juras e mais juras, aumentaste o caminho e fiquei com os pés no chão. 
Deitei-me no chão. Assumiste que seria assim para sempre, pediste-me que assim fosse, eu era o céu, tu o meu chão. Acertámos pele com pele, olhos nos olhos e ficámos com os pés no chão.
Desprezámos regras, gozámos o amor na perfeição, fizemos dele amor-perfeito. 
Tiveste medo. Tiraste-me o tapete, fugiu-me o chão, segui caminho, tiveste medo. Quiseste voltar mas fiquei com os pés no chão, fui cruel, sacudi-te o cheiro, ficou-te o amor, ficará para sempre que o sei, que o disseste mas eu, tenho os pés no chão. As razões em que te abandonaste, consomem-te agora, nunca terás chão, segui caminho, subi às nuvens mas fiquei com os pés no chão.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Lost it

Consta-me que já não me amas. Não foi um passarinho que me disse, não foi uma língua afiada. São devaneios da minha mente, mais assertiva do que parece. Abandonas-me de corpo presente e alma ausente, quem fui para ti é passado se agora sou apenas embaraço ou constrangimento. Não te vou amar mais se o que sinto é desamor, um amor que se vai devagar, lentamente, que se escorre, que se vai cheio de pena e de penas. Pois não penarei mais, inspiro e bato em retirada, daqui não levo mais  nada, saio amena e resignada, doutros amores me valho para consolar esta alma destroçada.